A BANDEIRA DA NAÇÃO PORTUGUESA
( em actualização)
História:
É difícil fazer a história da Bandeira Nacional, dada a falta de Bandeiras anteriores ao Séc. XVIII.
De qualquer modo, o mais remoto uso das armas reais com o valor de símbolo
nacional parece ter sido feito por D. Afonso Henriques. Um escudo
de armas com uma cruz azul. Todavia, este dado não é seguro.
De 1185 a 1248, isto é, de D. Sancho I a D. Sancho II,
o escudo era de prata.
Com D. Afonso III, foi-lhe acrescentada uma bordadura vermelha,
enfeitada com castelos de ouro.
Por sua vez, D. João I aplicou-lhe a Cruz de Avis,
"Flor -de- Lis", logo a seguir à vitória da batalha de
Aljubarrota em Agosto de 1485, mais o campo branco das quinas, mantendo
os escudetes laterais virados ao centro.
D. João II, porém, eliminou a Cruz de Avis, " Flor-de-Lis", em
Março de 1485, mandando endireitar os escudetes das quinas, ou seja os
escudetes laterais virados para baixo.
D. Manuel I usou uma bandeira branca com o escudo nacional ao
centro.
Antes de partir para África, D. Sebastião mandou fechar a
coroa real que se sobrepunha ao escudo.
Durante a Idade Média, a bandeira real era empunhada pelo Alferes-mor, que
precedia o monarca quando este comandava pessoalmente as suas tropas numa
batalha.
Vários materiais constituíram o pano da bandeira real; cetim, tafetá, ruão,
damasco, diversas quantidades de seda.
Do mesmo modo, as suas dimensões variavam muito, tal como variou o seu formato
- ora quadrada, ora rectangular. Aliás, pelo menos na Idade Média, o rei
dispunha não só da bandeira, mas também, do estandarte e de guião. Já o pendão
era apenas insígnia de cavaleiros e escudeiros.
A bandeira branca manteve-se até 1826, como símbolo representativo do reino
unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves, apenas com algumas variações nas
armas.
Com D. Pedro IV, por decreto de 18 de Outubro de 1830, a bandeira
passou a ter duas zonas de cor ( branco e azul ), separadas na vertical.
Entretanto, o conceito de nação começou a impor-se ao de reino em consequência
das limitações do poder real pelo regime liberal.
Após a proclamação da República, foi constituída uma Comissão (composta por Columbano
Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho, entre
outros) com o encargo oficial de propor um projecto de Bandeira Nacional.
Uma vez apresentado tal projecto, foi aprovado pelo Governo Provisório e pela
Assembleia.
Por decreto de 19 de Junho de 1911, ficavam definidas - de modo inalterável até
hoje -as características da bandeira portuguesa.
Bipartida na vertical, ficaria com duas cores principais: o verde-escuro e o
vermelho.
As armas nacionais sobre a linha de divisão das duas grandes zonas de cor.
Por sua vez, o escudo (vermelho e branco) assentaria numa esfera armilar
(amarela, com rebordo preto).
O pano verde - significa a esperança dos portugueses serem livres e
independentes. O pano vermelho- significa o sangue vertido em todos os
Continentes do Mundo, através da História, na consolidação da liberdade e
independência.
O Escudo de prata, com cinco escudetes de azul dispostos em cruz, vem do tempo
dos reinados de D. Sancho I e D. Sancho II (1185 -1248).
Aos cinco escudetes de azul dá o povo a designação imprópria de Quinas.
O Escudo das quinas é o emblema dos feitos heróicos dos antepassados
na dilação ou na defesa do Solo Pátrio.
Os Besantes, pequenos círculos que originalmente eram moedas de ouro ou
prata pregadas no escudo para simbolizar o direito soberano de cunhar moeda,
estão inscritos nos escudetes e foram fixados em número de cinco por D.
Sebastião (1557 - 1578) por o seu número ser variável.
Os Castelos, fixados por D. João II em número de sete, pela mesma razão,
são rematados por três torres, das quais a central é um pouco mais elevada.
Foi no tempo de Afonso III (1248-1279), depois da anexação
definitiva do Algarve, que se adicionou às armas nacionais a bordadura vermelha
na qual se inscrevem os castelos de ouro.
A Esfera Armilar que, como o seu nome indica, é constituída apenas
por círculos que representam o horizonte, o meridiano, o equador, a elíptica,
etc. de um sistema astronómico convencional, cujo centro se supõe ser a terra,
era a divisa pessoal de D. Manuel I (1485 - 1521 ), e foi introduzida na
Bandeira no reinado de D. João VI (1816-1826), sendo colocada atrás do escudo.
lavrada a ouro, ficando assim inscrito nela o escudo de Portugal.
A esfera Armilar, símbolo da grandeza do Império e da Glória da História
Portuguesa.
Símbolo da existência, do grandioso feito da universalidade - OS
DESCOBRIMENTOS.
É esta a Bandeira, nobre e gloriosa, que ao longo de toda a História tão alto
se ergueu e ergue, para esplendor de Portugal.
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