domingo, 27 de fevereiro de 2011

"baía de São João na Terra Nova tem a forma duma cabaça!"


Foram os navegadores portugueses quem primeiro desenharam esta baía em forma duma cabaça, num mapa antigo datado de 1506 e que está presentemente bem guardado na Alemanha!
Fig. No. 1-- Em Portugal ainda hoje o povo continua a usar as cabaças cheias de água ou vinho quando vão para o monte ou trabalhar nas terras.
Foi no dia 5 de Agosto de 2003, que eu recebi um e-mail de Lucy van Beek, Productora da Televisão Paladin Invision de Londres, na Inglaterra, com perguntas pertinentes em preparação para a minha entrevista em frente da câmara de vídeo que teve lugar no Museu da Pedra de Dighton, no dia 15 de Agosto de 2003. Aqui está, a tradução do referido e-mail:
“Há mais uma última coisa que eu preciso de te perguntar. No teu livro ‘Os Pioneiros Portugueses e a Pedra de Dighton’ há três mapas: a carta de Reinel de 1522; a Carta de Reinel de 1519 e também o Planisfério de Diogo Ribeiro de 1522.
Tens reproduções destes mapas na tua biblioteca, e será que poderemos ler e filmar os nomes de ‘Terra dos Corte Reais’? Já ouvistes falar no Atlas de Kunstmann de 1571? Tens uma cópia deste mapa? Pensamos que este mapa menciona uma baía ou um rio com o nome de João Vaz. Mais uma vez muito obrigada pela tua cooperação. Lucy.”
É óbvio que a equipa de televisão de Londres queria verificar e filmar os documentos reais!
A minha resposta para a Lucy foi de que tenho todos os mapas que ela me pediu, com excepção do Mapa de Kunstmann. Confessei-lhe que nunca tinha ouvido falar neste mapa mas prometi-lhe que iria procurá-lo e assim fiz.
Eu sei, por experiência pessoal nos passados quarenta anos, que quando eu preciso de encontrar qualquer informação sobre um mapa antigo vou em primeiro lugar à Monumenta Cartographica Henriquina.
Eu tenho a colecção completa dos sete volumes assim como a colecção de mapas coloridos na Biblioteca Museu, com o meu nome, em Cavião, Vale de Cambra, Portugal. Mas como estou agora na América onde é que eu poderia ir para examinar a Monumenta Cartographica?
Decidi ir à Biblioteca de John Carter Brown, localizada em Providence, Rhode Island, a qual é considerada a melhor nos Estados Unidos da América em cartografia Antiga.
Eu tenho sido Membro Associado da Biblioteca de John Carter Brown há mais de quarenta anos. Fui lá para rever os enormes volumes da Monumenta Cartográfica Henriquina. Possuem a colecção número treze, a qual foi dádiva do Primeiro Ministro de Portugal, em 1960, que naquela altura era António de Oliveira Salazar.
1576 Fernão Vaz Dourado
Fui três dias à Biblioteca de John Carter Brown onde fui muito bem recebido e tratado por todos os empregados.
(1) O Mapa de Kunstmann
1506 Mapa de Kustmann
Com muita atenção e perseverança consegui localizar o mapa de Kunstmann! Eureca! Aqui está a descrição deste mapa como aparece na Monumenta Cartographica Henriquina publicada em Portugal, em 1960:
“A maior parte desta colecção foi coordenada pelo humanista Konrad Peutinger (1465-1547) e pelo impressor alemão Valentim Fernandes que se estabeleceram em Lisboa.
Em 1715 Ignaz Peutinger ofereceu o que tinha sido acumulado pelo seu antecessor à biblioteca dos jesuítas em Augsburg; mas no princípio do século dezanove quando houve uma partilha da colecção uma parte ficou em Augsburg e a outra foi para Munique.
Isto não quer dizer que todo o material de origem portuguesa tivesse sido coleccionado por Peutinger, como por exemplo o Atlas de Vaz Dourado que foi adquirido muito mais tarde. Mas esta carta anónima c. 1506 foi uma das adquiridas em Lisboa para a colecção do humanista de Augsburgo.
É geralmente conhecida como “Kunstmann III” porque a sua parte ocidental foi pela primeira vez reproduzida em 1859, num fac-símile a cores com o No. III, no célebre Atlas do sábio padre e historiador alemão Friedrich Kunstmann, que viveu alguns anos em Lisboa. Não há dúvida nenhuma que ela é genuinamente portuguesa.
O pergaminho em que esta carta estava desenhada media aproximadamente 87 x 117 cm. nas suas maiores dimensões, e representava o Mar Negro, Mediterrâneo, Europa, metade da África e Atlântico com a Gronelândia, Terra Nova e costa do Brasil.
1570 , Fernão Vaz Dourado
A sua característica principal é a representação da Groenlândia, Terra de cortte Riall e Brasil.
Também é de notar que esta carta, a qual, como julgamos, se segue cronologicamente à de c. 1504 assinada por Pedro Reinel (Estampa 8), é a segunda a mostrar uma escala de latitudes do Equador a 68 graus Norte.
É também a segunda, depois de Reinel de c. 1504 a apresentar o novo tipo de rosa-dos-ventos com a flor de lis a apontar o norte, o que, conforme notou Heinrich Winter ‘foi introduzido pelos portugueses’ e ‘se tornou internacional”.
Aqui está uma foto do mapa Kunstmann feito por um cartografo em Lisboa em 1506 e preservado na Biblioteca de Augsburgo, na Alemanha, mostrando a terra do futuro Canadá, com o nome de “Terra de cortte Riall” ou Terra de Corte Real.
Fig. No. 1--- Mapa de Kuntsmann
(           (1)   Aponta a “Terra de cortte Riall” ou Terra de Corte Real
(2) Aponta para uma baía em forma duma cabaça
(3) Aponta para a linha de latitudes
(4) Aponta para a flor de lis indicando o Norte
1506 Mapa Kuntsmann
Examinemos agora de muito perto o mapa de Kuntsmann. Preste particular atenção "às duas baías ligadas pelo gargalo duma garrafa formando uma só baía em forma de um oito", igual à configuração duma cabaça!
Peço-lhe que note que o mapa de Kunstmann é uma cópia do mapa de Pedro Reinel feito em 1504 como foi explicado acima na Monumenta Geográfica Henriquina.
O uso da rosa-dos-ventos pela primeira vez nos mapas feitos pelos cartógrafos portugueses com a flor de lis a indicar o Norte é muito importante porque a flor de lis era o símbolo do Rei D. João II e também passou a fazer parte da ornamentação da Coroa dos Reis Portugueses.
Vamos agora comparar as "duas baías ligadas por um gargalo de garrafa" formando uma só baía em forma de um 8, ou em forma de uma cabaça, que aparece desenhada na carta de Kunstmann de 1506, ------> e compare com a figura em 8, ou do feitio de uma cabaça, igual ao formato da baía de São João na Terra Nova, como podemos verificar ainda hoje.
Fig. No. 2 -- Eu visitei São João da Terra Nova, com a minha mulher e os nossos dois filhos, em Julho de 1974, mas nunca mais me posso esquecer a grande impressão que aquele porto de mar ou baía me deixou ao verificar que é igual a uma cabaça!
(2) O Rio de João Vaz
O Rio de João Vaz pode-se ver no mapa feito por Fernão Vaz Dourado em 1576.
Fig. No. 3 – O nome de J. Vaz aparece neste mapa por baixo do pé direito do lavrador que está a lavrar a terra.
(3) Canadá é um nome português
Revendo os mapas da cartografia portuguesa e os documentos antigos que se referem às Terras dos Bacalhaus, verificamos repetidas vezes que estas terras eram chamadas: Terras dos Corte Reais, Terra do Labrador, Terra de Estêvão Gomes e Canadá!
A origem do nome Canadá vem do nome das terras que eram propriedade dos Corte Reais na Cidade de Tavira, no Algarve, Portugal.
Os Educadores e Historiadores do Canadá deviam verificar estes factos e ensinar a VERDADE à juventude canadiana e a todos os cidadãos canadenses, em vez de estarem a ensinar erradamente, favorecendo os colonos ingleses e franceses que chegaram muito mais tarde!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

" carta de Cristóforo Soligo 1485/86, mapa mundi de Henricus Martellus Germanus 1489"


Zona explorada pela guarnição do navegador Diogo Cão durante a primeira viagem de exploração marítima, 1482 -1484, ao longo da costa ocidental africana segundo a carta veneziana  de 1485/1486 de “ Cristóforo Soligo” existente no British Museum, constitui o primeiro documento cartográfico da costa marítima desde o Cabo de Stª. Catarina 2º latitude Sul, Gabão, à Ponta Redonda do Farol do Giraúl 15º 8' latitude Sul, baía de Moçâmedes, Namibe em  Angola

1ª expedição marítima da guarnição do navegador português Diogo Caão [Cam], [iniciada em  Agosto de 1482 e terminada em  Abril de 1484], à costa ocidental africana para Sul do Equador, até à latitude 15º 8' Sul, Ponta Redonda do farol Giraúl, Norte da baía de Moçâmedes, Namibe - Angola
O documento cartográfico inclui os actuais países da Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, as ilhas de Fernão Pó (Formosa) e S. Tomé e Príncipe, Gabão, Congo Brazaville, enclave de Cabinda,  RDCongo.
Estuário do rio Zaire e percurso superior.
Em Angola, as ilhas de Luanda e Mussulo.
O extremo Sul do mapa, a Ponta Redonda do Farol  Giraúl, baía de Moçâmedes, Namibe, Angola.
Marcação de duas cruzes:
-Na península extrema da margem esquerda na foz do rio Zaire, "rio Poderoso" assinalou um padrão, chamado de S. Jorge
-No cabo de Stª Maria, em Angola designado de "Capo do Lobo" assinalou um padrão, chamado de Stº. Agostinho.
A toponímia dos padrões configuram as datas da sua implantação, 23 de Abril e 28 de Agosto de 1483.
Lugares assinalados na costa marítima do Gabão, Congo Brazaville, Cabinda, Congo Zaire e Angola, da 1ª expedição marítima da guarnição do navegador Diogo Caão [Cam]  [mapa ou carta geográfica de Cristóforo Soligo]:

"angra" - sette cama - Gabão, 2º 30' lat. Sul
 Sette Cama, Gabão 

"aguada" - baía da mayumba - Gabão, 3º 22' lat. Sul
praia da Mayumba, Gabão

"as duas montas" - mamas de banda - Gabão - 3º 47' lat. Sul
ponta das Medras, Mayumba, Gabão 
"a praia formoxa" - Luango, Brazaville -lat. 4°37'29.4"Sul, long. 11°49'34.1"Este
 praia do Loango

"a tera da praia fermoxa de .S. domenego"
 - Ponta Negra, Brazaville - lat. 4°44'11.7"Sul, long.  11°50'31.0"Este
 praia a Sul de Ponta Negra

aponta blancha
 - Lândana - enclave de Cabinda, lat. 5°12'15.6"Sul, 12°07'58.2"Este 
 foz do rio Chiloango, Lândana- enclave de Cabinda
aponta da bareira vermella , [Cacongo – enclave de Cabinda] lat. 5°18'21.5"Sul, long.12°10'25.9"Este
Cacongo, enclave de Cabinda
 
"angra das  almadias" [baía de Cabinda e Malongo enclave de Cabinda] lat. 5°32'56.6"Sul, 12°11'03.3"Este 
baía e a cidade de Cabinda
-
 praia da Muanda, [República Popular do Zaire Kinshasa] lat. 5°55'37.3"Sul, long. 12°20'10.4"Este
 praia da Muanda - República Popular do Congo

"capo do paul" ponta do palmar, Banana [República Popular do Congo, Zaire Kinshasa]lat.6°01'32.5"Sul, long.12°24'20.3"Este

foz do rio Zaire ou Congo, ponta do Palmar, Banana, margem direita

 ponta do Palmar, Banana, República Popular do Congo

"Atam agua dolje zinque liges alamar" "rio poderoxo" - foz rio Zaire -lat. 6°03'08.8"Sul, long. 12°21'46.8"Este
 foz do rio Zaire Ou Congo, península da ponta do Padrão, Angola, margem esquerda
 
baía de Diogo Cão, base petrolífera da Muanda, Soyo, rio Zaire

densa vegetação na margem esquerda do rio Zaire 

"capo do patrom" - Ponta do Padrão, lat. 6°04'43.6"Sul,  long. 12°19'50.1"Este
ponta do padrão, réplica do padrão S. Jorge

"capo redondo" - N'Zeto, Ambrizete, cabo do farol, lat. 7°16'12.2"Sul,  long.12°51'15.7"Este
 foz rio M'Bridge, no N'Zeto, Ambrizete

 
 cabo do farol do N'Zeto, Ambrizete

  costa marítima a Sul do N'Zeto, Ambrizete, região da Musserra  

"rio damadanela"
 - rio Loge e baía adjacente à vila do Ambriz lat. 7°48'56.6"Sul, long.13°06'06.7"Este
 foz do rio Loge e barra do Ambriz 

barra e lagoa do Ambriz

praia do Pâmbala, na região  a Norte da foz rio Dande

 
  praia a Norte da barra da foz rio Dande

"rio de Fernam Vaz"- mam de bairo - foz rio Dandelat. 8°28'15.6"Sul, long. 13°22'27.2"Este
 
 foz e barra do  rio Dande 

"angra grandim" - baía da foz rio Bengolat. 8°45'03.4"Sul,  long.13°23'38.1"Este
 foz do rio Bengo 

Delineação das  ilhas de " Luanda" e "Mussulo"lat. 8°45'03.4"Sul,  long.13°23'38.1"Este
ilha de Luanda

ilha do Mussulo

trecho da costa marítima da baía Bengo à baía de Benguela

"monte alto" - "montes da lua" margem direita rio Quanza, lat. 9°13'16.3"Sul, long. 13°05'25.0"Este
monte da Lua, perto da foz do rio Quanza

"tera de duas pontas" - praia do Sangano lat. 9°32'57.6"Sul, long.13°12'09.1"Este
baía e praia do Sangano, ponta Norte e Ponta Sul

 costa marítima da foz do rio Catumbela à baía de Moçâmedes, Namibe

 recorte da costa marítima do rio do Paul ao cabo extremo Sul, carta de Soligo

"rio da paul" - rio Catumbelalat. 12°26'44.8"Sul, long. 13°28'25.5"Este
foz do rio Catumbela, Angola

"angra de Santa maria" - praia morena, baía de Benguela, lat. 12°35'48.1"Sul, long.13°20'15.5"Este
 praia morena  Benguela , Angola

baía Farta

"castel dalter poderoxo"
 - Sombreiro-lat. 12°35'03.0"Sul, long.13°17'59.4"Este

 Sombreiro

foz do rio Caporolo, Angola, lat. 13°57'09.3"Sul, long  12°25'01.7"Este

baía do Cuio, Sul da foz do rio Caporolo

baía da Equimina, sentido Sul

baía da Equimina sentido Norte 

"capo do lobo" - cabo de Santa Maria, lat. 13°25'14.2"Sul, long. 12°31'59.0"Este
 cabo de Stª Maria, padrão Stº Agostinho

  baía de Stª Maria 

cabo e baía de Stª Maria 

  baía do cabo de Stª Maria 
 ilhéu dos Pássaros da baía do cabo Stª Maria

  ilhéu dos Pássaros da baía do cabo de Stª Maria 

"14º" - baía de Lucira, lat. 13°52'53.4"Sul, long.12°30'42.0"Este

baía de Lucira Grande, sentido Sul para Norte

Lucira  Grande

baía da Lucira Grande

baía da Lucira Pequena

Delineação de duas saliências,  pontas de terra:

A Ponta Sul do rio Inamangando, lat. 14°03'20.1"Sul, long. 12°21'53.3"Este
  praia do Inamangando a Norte da fiz do rio Inamangando

 praia da baía dos Elefentes

ponta Sul da foz do rio de Inamangando

A "pradro" - ponta Sul da baía das Salinas, Bentiaba lat. 14°11'04.9"Sul, long.12°19'57.0"Este
ponta Sul da baía das Salinas, a Norte da foz do rio Bentiaba

  Uah 

praia do Flamingo

baía e praia do Chapéu Armado lat. 15°08'06.3"Sul, long.12°06'43.8"Este

Delineação de quatro saliências ou pontas de terra,  constituindo entre elas quatro baías:

Ponta Sul do  rio Piambo, Ponta da Mariquita ou Furado, lat. 14°41'10.3"Sul, long. 12°16'35.6"Este
baía do Furado ou Mariquita e Piambo

praia da Mariquita


orla marítima da baía do Furado à baía da Baba 

Ponta Sul da  baía de Baba lat. 14°50'02.7"Sul, long. 12°13'35.4"Este

baía da Baba

baía do Mucuio

Ponta da Pedra Gigante da  baía das Pipas lat. 14°57'13.0"Su,l long. 12°10'35.2"Este
baía das Pipas

Ponta do Bambarol, da  foz do rio Giraul, lat. 15°04'07.6"Sul, long.12°08'21.2"Este

foz do rio Giraúl, vista para Sul


costa do Bambarol à foz do rio Giraúl, vista para Norte

Delimitação do cabo extremo, Ponta Redonda do Farol do Giraul,  baía de  Moçâmedes, Namibe, Angola. Inflexão para Este e Nordeste, lat. 15°08'06.3"Sul, long.12°06'43.8"Este

A ponta Redonda do Giraúl, da baía de Moçâmedes,  Namibe, latitude 15°08'05.8"Sul e longitude 12°06'44.2"Este, elevação média: 19m / 62 pés, corre para Este e Nordeste. 

A Ponta Redonda do Farol Giraúl, extremo setentrional da baía de Moçâmedes, ou baía do Namibe , também conhecida por Pontal Norte, encontra-se o Farol de sinalização marítima. A uma distância de 7,7 Km separa esta ponta, da foz onde desagua o rio Giraúl a Norte.  

A Ponta Redonda do Farol Giraúl, é rasa, pouco saída, muito escura  e cortada a pique, com 36 m de fundo de pedra. Segue dali a beira mar para SE, obra de 800 metros = 0,5 milhas, até à Ponta Redonda. Desta ponta, declina a beira-mar para NE e NNE até ao porto Mineiro, numa extensão de 2,5 Km.   

Da ponta Redonda do Giraúl ao porto Mineiro, a beira-mar é alta, íngreme, pedrada, negra e pontiaguda.  

No porto Mineiro , uma inflexão da beira-mar para Sul, diferencia-se da ponta redonda do Giraúl, por ser baixa, até à foz do rio Béro, numa extensão de 5 Km se abre a baía do Saco do Giraúl, formando uma enseada de praia arenosa.



ponta redonda do farol do Giraúl, baía de Moçâmedes, Namibe 

farol da ponta redonda da baía de Moçâmedes,, vista para Sul e a praia das Conchas

 
 farol do Giraúl, Moçâmedes
 
baía de Moçâmedes, no horizonte ponta ou Noronha, e Porto Mar. foto obtida da ponta redonda do farol do Giraúl

    baía de Moçâmedes, Namibe. foto obtida do porto mineiro do Saco Giraúl

costa marítima da baía da Baba à baía de Moçâmedes, Namibe

foto obtida da praia Amélia, no horizonte a baía de Moçâmedes 

Em pormenor:

Mapa Mundi de Henricus Martellus Germanus - 1489
primeiro documento cartográfico do cabo de Boa Esperança, extremo Sul de África

O mapa de Martellus, cartógrafo germânico, demonstra conhecimento de toda a descida da costa ocidental africana pela navegação portuguesa. Estava desfeito o mito do “mar que fervia” na região equatorial, desenhado o Golfo da Guiné e, muito mais importante, confirmada a passagem entre o oceano Atlântico e o oceano Índico. Com o périplo da África garantido pela viagem de exploração marítima da guarnição do navegador Bartolomeu Dias entre 05 de Agosto de 1487 e 16 de Dezembro de 1488.
Os portugueses estabeleciam o acesso, às fontes das especiarias.
O mapa de Martellus é claramente feito “em cima do acontecimento”.
O extremo Sul de África ultrapassa a latitude Sul máxima prevista inicialmente pelo cartógrafo, e “morde” a margem inferior do desenho. A expedição de Bartolomeu Dias era parte dum projecto mais vasto de D. João II, que incluiu a de Pêro da Covilhã através do Mediterrâneo e do mar Vermelho em demanda do Preste João e das especiarias. Pêro da Covilhã atinge a Índia, chega a descer a costa oriental africana até Sofala, voltando a subir a costa chega a Zeila, em 1492: em terras da Etiópia/Abissínia encontra finalmente o Preste João, que naturalmente, ninguém na região conhecia por tal nome.
Lugares assinalados em Angola e Namíbia após a 2ª expedição da guarnição do navegador  Diogo Cão [mapa mundi Henricus Martellus Germanus]:
"piagia de lopadere" -
"golfo del judeo" -
"golfo de udrulãtin" -
"rio poderoso" - rio Zaire ou Congo

foz e estuário rio Zaire, Angola

"pota de padron" - ponta do Padrão
"capo retundo" - farol N'Zeto, Ambrizete

cabo do farol do N'Zeto, Ambrizete
"rio de fernã Vaz" - rio Dande
"ponta alta" - monte da Lua - margem direita rio Quanza
"C.S.Laurenci" -cabo S. Lourenço - Benguela- à- Velha, Porto Amboim, Angola
baía e cabo de Porto Amboim 

foz rio Longa 

foz rio Queve e praia do Quicombo, Sumbe  

"golfo de S Maria" - praia morena da baía de Benguela
"C. S. Augustini" - cabo Santa Maria.
"Cabo Zerto" - Ponta Redonda do farol Giraúl,  baía de Moçâmedes, Namibe, Angola
 promontórios da ponta Redonda do farol Giraúl,  baía de Moçâmedes, Namibe, Angola

costa marítima da baía de Moçâmedes- Namibe à baía de Porto Alexandre, Tombua, Angola
 
a "terra fragosa" - costa marítima da baía de Moçâmedes a Porto Alexandre, Tombua, Angola
costa marítima entre o cabo Negro e Moçâmedes sentido Norte 
 baía do Cabo Negro, foto década 1960

"monte negro" - cabo Negro
cabo Negro -Angola, foto década 1950

rio Curoca na região do Arco

" terra alta" costa marítima de  Tombua à baía dos Tigres, região Iona, Angola
costa marítima  região do Iona, baía dos Tigres, Angola, vista para Norte

"enseada" baía dos Tigres , Angola
enseada  baía dos Tigres, Angola

"arena braca" - dunas -região da Iona
"p. Verde", Namíba       
ponta Verde, Namíbia
costa da Namíbia

"golfo de balena" - Namíbia
baía e cabo da Cruz, Cape Cross

"c. de padrom" - cape cross -Namíbia
réplica  padrão  cabo da Serra, cruz, cape Cross

"piagia da sardinha" -
"serra parda"
 -

Lugares assinalados por Duarte Pacheco Pereira em "Esmeraldo de situ orbis", de 1502:

"rio do padrão" - rio Zaire
"rio de Mondego" - rio Bengo
ilha das Cabras
 - ilha de Luanda
baía e Ilha de Luanda -Angola

Ilha do Mussulo ao lado da Capitania  -Angola

"ponta das Camboas"- cabo de S. Brás, lat. 9º 58’ 30” Sul.

baía e cabo S. Brás - Angola
"ponta de São Lourenço" -  Benguela à Velha, Porto Amboim
baía e Cabo de Porto Amboim

 foz rio Queve e praia do Quicombo

"angra de Santa Maria"
 - baía de Benguela, praia morena
 praia Morena da baía de Benguela

"ponta preta" - cabo de Stª Maria
baía do cabo de Stª Maria - Angola

farol, baía e cabo Stª Maria, Angola 

"monte negro" - cabo Negro
cabo Negro,  visão sentido Sul/Norte

"angra das aldeias" - Tombua, Porto Alexandre
 Pinda, 3 km a Sul da foz rio Curoca, Angola

Tômbua, Porto Alexandre, Angola

"manga das areias" - enseada baía dos Tigres
Iona, baía dos Tigres, Angola

Iona, baía dos Tigres, Angola


"ponta das pedras"
 - baía dos Tigres
Iona, baía dos Tigres, Angola

mendoos"
 -dunas, baía dos Tigres

rio Cunene

vista aérea da foz do rio Cunene, Angola e Namíbia