terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

" carta de Cristóforo Soligo 1485/86, mapa mundi de Henricus Martellus Germanus 1489"


Zona explorada pela guarnição do navegador Diogo Cão durante a primeira viagem de exploração marítima, 1482 -1484, ao longo da costa ocidental africana segundo a carta veneziana  de 1485/1486 de “ Cristóforo Soligo” existente no British Museum, constitui o primeiro documento cartográfico da costa marítima desde o Cabo de Stª. Catarina 2º latitude Sul, Gabão, à Ponta Redonda do Farol do Giraúl 15º 8' latitude Sul, baía de Moçâmedes, Namibe em  Angola

1ª expedição marítima da guarnição do navegador português Diogo Caão [Cam], [iniciada em  Agosto de 1482 e terminada em  Abril de 1484], à costa ocidental africana para Sul do Equador, até à latitude 15º 8' Sul, Ponta Redonda do farol Giraúl, Norte da baía de Moçâmedes, Namibe - Angola
O documento cartográfico inclui os actuais países da Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, as ilhas de Fernão Pó (Formosa) e S. Tomé e Príncipe, Gabão, Congo Brazaville, enclave de Cabinda,  RDCongo.
Estuário do rio Zaire e percurso superior.
Em Angola, as ilhas de Luanda e Mussulo.
O extremo Sul do mapa, a Ponta Redonda do Farol  Giraúl, baía de Moçâmedes, Namibe, Angola.
Marcação de duas cruzes:
-Na península extrema da margem esquerda na foz do rio Zaire, "rio Poderoso" assinalou um padrão, chamado de S. Jorge
-No cabo de Stª Maria, em Angola designado de "Capo do Lobo" assinalou um padrão, chamado de Stº. Agostinho.
A toponímia dos padrões configuram as datas da sua implantação, 23 de Abril e 28 de Agosto de 1483.
Lugares assinalados na costa marítima do Gabão, Congo Brazaville, Cabinda, Congo Zaire e Angola, da 1ª expedição marítima da guarnição do navegador Diogo Caão [Cam]  [mapa ou carta geográfica de Cristóforo Soligo]:

"angra" - sette cama - Gabão, 2º 30' lat. Sul
 Sette Cama, Gabão 

"aguada" - baía da mayumba - Gabão, 3º 22' lat. Sul
praia da Mayumba, Gabão

"as duas montas" - mamas de banda - Gabão - 3º 47' lat. Sul
ponta das Medras, Mayumba, Gabão 
"a praia formoxa" - Luango, Brazaville -lat. 4°37'29.4"Sul, long. 11°49'34.1"Este
 praia do Loango

"a tera da praia fermoxa de .S. domenego"
 - Ponta Negra, Brazaville - lat. 4°44'11.7"Sul, long.  11°50'31.0"Este
 praia a Sul de Ponta Negra

aponta blancha
 - Lândana - enclave de Cabinda, lat. 5°12'15.6"Sul, 12°07'58.2"Este 
 foz do rio Chiloango, Lândana- enclave de Cabinda
aponta da bareira vermella , [Cacongo – enclave de Cabinda] lat. 5°18'21.5"Sul, long.12°10'25.9"Este
Cacongo, enclave de Cabinda
 
"angra das  almadias" [baía de Cabinda e Malongo enclave de Cabinda] lat. 5°32'56.6"Sul, 12°11'03.3"Este 
baía e a cidade de Cabinda
-
 praia da Muanda, [República Popular do Zaire Kinshasa] lat. 5°55'37.3"Sul, long. 12°20'10.4"Este
 praia da Muanda - República Popular do Congo

"capo do paul" ponta do palmar, Banana [República Popular do Congo, Zaire Kinshasa]lat.6°01'32.5"Sul, long.12°24'20.3"Este

foz do rio Zaire ou Congo, ponta do Palmar, Banana, margem direita

 ponta do Palmar, Banana, República Popular do Congo

"Atam agua dolje zinque liges alamar" "rio poderoxo" - foz rio Zaire -lat. 6°03'08.8"Sul, long. 12°21'46.8"Este
 foz do rio Zaire Ou Congo, península da ponta do Padrão, Angola, margem esquerda
 
baía de Diogo Cão, base petrolífera da Muanda, Soyo, rio Zaire

densa vegetação na margem esquerda do rio Zaire 

"capo do patrom" - Ponta do Padrão, lat. 6°04'43.6"Sul,  long. 12°19'50.1"Este
ponta do padrão, réplica do padrão S. Jorge

"capo redondo" - N'Zeto, Ambrizete, cabo do farol, lat. 7°16'12.2"Sul,  long.12°51'15.7"Este
 foz rio M'Bridge, no N'Zeto, Ambrizete

 
 cabo do farol do N'Zeto, Ambrizete

  costa marítima a Sul do N'Zeto, Ambrizete, região da Musserra  

"rio damadanela"
 - rio Loge e baía adjacente à vila do Ambriz lat. 7°48'56.6"Sul, long.13°06'06.7"Este
 foz do rio Loge e barra do Ambriz 

barra e lagoa do Ambriz

praia do Pâmbala, na região  a Norte da foz rio Dande

 
  praia a Norte da barra da foz rio Dande

"rio de Fernam Vaz"- mam de bairo - foz rio Dandelat. 8°28'15.6"Sul, long. 13°22'27.2"Este
 
 foz e barra do  rio Dande 

"angra grandim" - baía da foz rio Bengolat. 8°45'03.4"Sul,  long.13°23'38.1"Este
 foz do rio Bengo 

Delineação das  ilhas de " Luanda" e "Mussulo"lat. 8°45'03.4"Sul,  long.13°23'38.1"Este
ilha de Luanda

ilha do Mussulo

trecho da costa marítima da baía Bengo à baía de Benguela

"monte alto" - "montes da lua" margem direita rio Quanza, lat. 9°13'16.3"Sul, long. 13°05'25.0"Este
monte da Lua, perto da foz do rio Quanza

"tera de duas pontas" - praia do Sangano lat. 9°32'57.6"Sul, long.13°12'09.1"Este
baía e praia do Sangano, ponta Norte e Ponta Sul

 costa marítima da foz do rio Catumbela à baía de Moçâmedes, Namibe

 recorte da costa marítima do rio do Paul ao cabo extremo Sul, carta de Soligo

"rio da paul" - rio Catumbelalat. 12°26'44.8"Sul, long. 13°28'25.5"Este
foz do rio Catumbela, Angola

"angra de Santa maria" - praia morena, baía de Benguela, lat. 12°35'48.1"Sul, long.13°20'15.5"Este
 praia morena  Benguela , Angola

baía Farta

"castel dalter poderoxo"
 - Sombreiro-lat. 12°35'03.0"Sul, long.13°17'59.4"Este

 Sombreiro

foz do rio Caporolo, Angola, lat. 13°57'09.3"Sul, long  12°25'01.7"Este

baía do Cuio, Sul da foz do rio Caporolo

baía da Equimina, sentido Sul

baía da Equimina sentido Norte 

"capo do lobo" - cabo de Santa Maria, lat. 13°25'14.2"Sul, long. 12°31'59.0"Este
 cabo de Stª Maria, padrão Stº Agostinho

  baía de Stª Maria 

cabo e baía de Stª Maria 

  baía do cabo de Stª Maria 
 ilhéu dos Pássaros da baía do cabo Stª Maria

  ilhéu dos Pássaros da baía do cabo de Stª Maria 

"14º" - baía de Lucira, lat. 13°52'53.4"Sul, long.12°30'42.0"Este

baía de Lucira Grande, sentido Sul para Norte

Lucira  Grande

baía da Lucira Grande

baía da Lucira Pequena

Delineação de duas saliências,  pontas de terra:

A Ponta Sul do rio Inamangando, lat. 14°03'20.1"Sul, long. 12°21'53.3"Este
  praia do Inamangando a Norte da fiz do rio Inamangando

 praia da baía dos Elefentes

ponta Sul da foz do rio de Inamangando

A "pradro" - ponta Sul da baía das Salinas, Bentiaba lat. 14°11'04.9"Sul, long.12°19'57.0"Este
ponta Sul da baía das Salinas, a Norte da foz do rio Bentiaba

  Uah 

praia do Flamingo

baía e praia do Chapéu Armado lat. 15°08'06.3"Sul, long.12°06'43.8"Este

Delineação de quatro saliências ou pontas de terra,  constituindo entre elas quatro baías:

Ponta Sul do  rio Piambo, Ponta da Mariquita ou Furado, lat. 14°41'10.3"Sul, long. 12°16'35.6"Este
baía do Furado ou Mariquita e Piambo

praia da Mariquita


orla marítima da baía do Furado à baía da Baba 

Ponta Sul da  baía de Baba lat. 14°50'02.7"Sul, long. 12°13'35.4"Este

baía da Baba

baía do Mucuio

Ponta da Pedra Gigante da  baía das Pipas lat. 14°57'13.0"Su,l long. 12°10'35.2"Este
baía das Pipas

Ponta do Bambarol, da  foz do rio Giraul, lat. 15°04'07.6"Sul, long.12°08'21.2"Este

foz do rio Giraúl, vista para Sul


costa do Bambarol à foz do rio Giraúl, vista para Norte

Delimitação do cabo extremo, Ponta Redonda do Farol do Giraul,  baía de  Moçâmedes, Namibe, Angola. Inflexão para Este e Nordeste, lat. 15°08'06.3"Sul, long.12°06'43.8"Este

A ponta Redonda do Giraúl, da baía de Moçâmedes,  Namibe, latitude 15°08'05.8"Sul e longitude 12°06'44.2"Este, elevação média: 19m / 62 pés, corre para Este e Nordeste. 

A Ponta Redonda do Farol Giraúl, extremo setentrional da baía de Moçâmedes, ou baía do Namibe , também conhecida por Pontal Norte, encontra-se o Farol de sinalização marítima. A uma distância de 7,7 Km separa esta ponta, da foz onde desagua o rio Giraúl a Norte.  

A Ponta Redonda do Farol Giraúl, é rasa, pouco saída, muito escura  e cortada a pique, com 36 m de fundo de pedra. Segue dali a beira mar para SE, obra de 800 metros = 0,5 milhas, até à Ponta Redonda. Desta ponta, declina a beira-mar para NE e NNE até ao porto Mineiro, numa extensão de 2,5 Km.   

Da ponta Redonda do Giraúl ao porto Mineiro, a beira-mar é alta, íngreme, pedrada, negra e pontiaguda.  

No porto Mineiro , uma inflexão da beira-mar para Sul, diferencia-se da ponta redonda do Giraúl, por ser baixa, até à foz do rio Béro, numa extensão de 5 Km se abre a baía do Saco do Giraúl, formando uma enseada de praia arenosa.



ponta redonda do farol do Giraúl, baía de Moçâmedes, Namibe 

farol da ponta redonda da baía de Moçâmedes,, vista para Sul e a praia das Conchas

 
 farol do Giraúl, Moçâmedes
 
baía de Moçâmedes, no horizonte ponta ou Noronha, e Porto Mar. foto obtida da ponta redonda do farol do Giraúl

    baía de Moçâmedes, Namibe. foto obtida do porto mineiro do Saco Giraúl

costa marítima da baía da Baba à baía de Moçâmedes, Namibe

foto obtida da praia Amélia, no horizonte a baía de Moçâmedes 

Em pormenor:

Mapa Mundi de Henricus Martellus Germanus - 1489
primeiro documento cartográfico do cabo de Boa Esperança, extremo Sul de África

O mapa de Martellus, cartógrafo germânico, demonstra conhecimento de toda a descida da costa ocidental africana pela navegação portuguesa. Estava desfeito o mito do “mar que fervia” na região equatorial, desenhado o Golfo da Guiné e, muito mais importante, confirmada a passagem entre o oceano Atlântico e o oceano Índico. Com o périplo da África garantido pela viagem de exploração marítima da guarnição do navegador Bartolomeu Dias entre 05 de Agosto de 1487 e 16 de Dezembro de 1488.
Os portugueses estabeleciam o acesso, às fontes das especiarias.
O mapa de Martellus é claramente feito “em cima do acontecimento”.
O extremo Sul de África ultrapassa a latitude Sul máxima prevista inicialmente pelo cartógrafo, e “morde” a margem inferior do desenho. A expedição de Bartolomeu Dias era parte dum projecto mais vasto de D. João II, que incluiu a de Pêro da Covilhã através do Mediterrâneo e do mar Vermelho em demanda do Preste João e das especiarias. Pêro da Covilhã atinge a Índia, chega a descer a costa oriental africana até Sofala, voltando a subir a costa chega a Zeila, em 1492: em terras da Etiópia/Abissínia encontra finalmente o Preste João, que naturalmente, ninguém na região conhecia por tal nome.
Lugares assinalados em Angola e Namíbia após a 2ª expedição da guarnição do navegador  Diogo Cão [mapa mundi Henricus Martellus Germanus]:
"piagia de lopadere" -
"golfo del judeo" -
"golfo de udrulãtin" -
"rio poderoso" - rio Zaire ou Congo

foz e estuário rio Zaire, Angola

"pota de padron" - ponta do Padrão
"capo retundo" - farol N'Zeto, Ambrizete

cabo do farol do N'Zeto, Ambrizete
"rio de fernã Vaz" - rio Dande
"ponta alta" - monte da Lua - margem direita rio Quanza
"C.S.Laurenci" -cabo S. Lourenço - Benguela- à- Velha, Porto Amboim, Angola
baía e cabo de Porto Amboim 

foz rio Longa 

foz rio Queve e praia do Quicombo, Sumbe  

"golfo de S Maria" - praia morena da baía de Benguela
"C. S. Augustini" - cabo Santa Maria.
"Cabo Zerto" - Ponta Redonda do farol Giraúl,  baía de Moçâmedes, Namibe, Angola
 promontórios da ponta Redonda do farol Giraúl,  baía de Moçâmedes, Namibe, Angola

costa marítima da baía de Moçâmedes- Namibe à baía de Porto Alexandre, Tombua, Angola
 
a "terra fragosa" - costa marítima da baía de Moçâmedes a Porto Alexandre, Tombua, Angola
costa marítima entre o cabo Negro e Moçâmedes sentido Norte 
 baía do Cabo Negro, foto década 1960

"monte negro" - cabo Negro
cabo Negro -Angola, foto década 1950

rio Curoca na região do Arco

" terra alta" costa marítima de  Tombua à baía dos Tigres, região Iona, Angola
costa marítima  região do Iona, baía dos Tigres, Angola, vista para Norte

"enseada" baía dos Tigres , Angola
enseada  baía dos Tigres, Angola

"arena braca" - dunas -região da Iona
"p. Verde", Namíba       
ponta Verde, Namíbia
costa da Namíbia

"golfo de balena" - Namíbia
baía e cabo da Cruz, Cape Cross

"c. de padrom" - cape cross -Namíbia
réplica  padrão  cabo da Serra, cruz, cape Cross

"piagia da sardinha" -
"serra parda"
 -

Lugares assinalados por Duarte Pacheco Pereira em "Esmeraldo de situ orbis", de 1502:

"rio do padrão" - rio Zaire
"rio de Mondego" - rio Bengo
ilha das Cabras
 - ilha de Luanda
baía e Ilha de Luanda -Angola

Ilha do Mussulo ao lado da Capitania  -Angola

"ponta das Camboas"- cabo de S. Brás, lat. 9º 58’ 30” Sul.

baía e cabo S. Brás - Angola
"ponta de São Lourenço" -  Benguela à Velha, Porto Amboim
baía e Cabo de Porto Amboim

 foz rio Queve e praia do Quicombo

"angra de Santa Maria"
 - baía de Benguela, praia morena
 praia Morena da baía de Benguela

"ponta preta" - cabo de Stª Maria
baía do cabo de Stª Maria - Angola

farol, baía e cabo Stª Maria, Angola 

"monte negro" - cabo Negro
cabo Negro,  visão sentido Sul/Norte

"angra das aldeias" - Tombua, Porto Alexandre
 Pinda, 3 km a Sul da foz rio Curoca, Angola

Tômbua, Porto Alexandre, Angola

"manga das areias" - enseada baía dos Tigres
Iona, baía dos Tigres, Angola

Iona, baía dos Tigres, Angola


"ponta das pedras"
 - baía dos Tigres
Iona, baía dos Tigres, Angola

mendoos"
 -dunas, baía dos Tigres

rio Cunene

vista aérea da foz do rio Cunene, Angola e Namíbia

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

" Bandeiras pessoais de Cristóvão Colon"


Por:   Manuel Luciano da Silva, Médico


Há em Portugal 74 famílias brasonadas, cada uma tem o seu brasão específico a sua própria bandeira com os seus símbolos característicos. Conheço muito bem o Brasão do Navegador Cristóvão Colon (Colombo).

Será que o Cristóvão Colon teria alguma bandeira própria? Descobri que o Navegador usou duas

Bandeiras Verdes Pessoais em estandartes nas caravelas.

Como é que poderia encontrar um documento coevo, que desse a referência verdadeira sobre essas Bandeiras Verdes?

Depois de muito procurar, por muita sorte, encontrei uma referência extraordinária.

O Diário de Bordo da primeira viagem que o Navegador fez, dá- nos a descrição do desembarque na Ilha de São Salvador, no dia 12 de Outubro de1492.

Cristóvão Colon relata-nos o episódio.

As suas próprias palavras em espanhol no Diário de Bordo:

Y el Almirante salió a tierra en la barca armada, y Martín Alonso Pinzon y Vicente Anes su hermano, que era capitán de la Niña. Saco el Amirante la bandera real y los capitanes con dos banderas de lacruz verde, que llevava el Almirante en todos los navios por seña, comuna F y una Y; encima de cada letra su corona, una de un cabo de lacruz e outra de outro”.

Tradução em Português:

E o Almirante desembarcou numa barca armada e Martin Alonso Pizon e Vicente Anes, seu irmão, que era o capitão da caravela Niña. O Almirante exibiu a Bandeira Real e os capitães eriçaram os estandartes com as duas Bandeiras Verdes que o Almirante levava em todos os navios como suas insígnias, com a letra F e com a letra Y; em cima de cada letra havia uma coroa, uma dum lado da cruz e aoutra do outro lado da cruz.”

Eis as duas Bandeiras Verdes Pessoais do Cristóvão Colon:

(1) Que tipo de Cruzes são estas Cruzes?

(2) Qual é a análise das letras nos lados de ambas as cruzes?

(3) Quais são os significados das letras F e Y?Antes de respondermos a estas perguntas temos primeiro que fazer uma revisão das Cruzes que existiam em Espanha e Portugal na época dos Descobrimentos.

Vários tipos de Cruzes em Espanha

Depois de examinarmos a Enciclopédia Espanhola sobre Cruzes e 50 páginas na Internet usando o título de Cruzes Espanholas, NÃO encontramos NENHUMAS Cruzes Espanholas que fossem semelhantes às Cruzes Verdes das Bandeiras Pessoais do Navegador Cristóvão Colon!

Observamos que os espanhóis são muito conservadores no que diz respeito aos formatos das várias cruzes.

Os espanhóis não se querem desviar do formato da Cruz Alta de madeira que foi usada para crucificar Cristo!

Se examinarmos as cruzes usadas nas velas das caravelas Nina, Pinta e Santa Maria na primeira viagem às Caraíbas, verificamos que essas cruzes são todas DIFERENTES das Cruzes Verdes do

Colon, porque ESTAS têm as extremidades dos braços em 45 graus.

Nenhuma destas caravelas tem a Cruz da Ordem de Cristo.

Vários tipos de Cruzes em Portugal

A Cruz dos Descobrimentos em Portugal foi a Cruz da Ordem de Cristo.

O que muita gente não sabe em Portugal é a ORIGEM da Cruz da Ordem de Cristo e as METAMORFOSES porque ela passou. Temos portanto que fazer uma revisão esquemática dos braços ou extremidades da Cruz da Ordem de Cristo.

A Cruz da Ordem de Cristo é derivada da Cruz dos Templários de Portugal.

A Bandeira da Cidade de Tomar mostra-nos a História das duas bandeiras:

Dos Templários e da Cruz da Ordem de Cristo.

Bandeira de Tomar

(1) Do lado esquerdo é a Bandeira dos Templários entre 1160 até 1319

(2) Do lado direito é a Bandeira da Cruz da Ordem de Cristo entre 1319até ao presente.

Primeira Cruz da Ordem de Cristo

A primeira Cruz da Ordem de Cristo é, como já dissemos, derivada da Cruz dos Templários portugueses.

Foi o Grão-Mestre da Ordem, Gualdino Pais, que em 1160 construiu o Castelo e Convento de Tomar, que possui um altar mor com oito arcos, chamado Charola, que é uma imitação do Santo Sepulcro, que os Templários Portugueses viram em Jerusalém, onde Jesus Cristo foi sepultado.

Aqui está a Cruz dos Templários, que apresenta as extremidades ou braços da cruz, em arcos CONVEXOS, irradiando do centro do círculo.

Esta cruz é típica na construção original do Convento de Tomar.

Neste diagrama vemos claramente os cortes que se fizeram nos braços da Cruz dos Templários para originar a PRIMEIRA Cruz da Ordem de Cristo. Os arcos CONVEXOS foram cortados e tornaram-se planos ou rectilíneos.


Foto da PRIMEIRA Cruz da Ordem de Cristo no Convento de Tomar gravada em pedra.

ALERTA! Esta PRIMEIRA Cruz da Ordem de Cristo é uma das Cruzes Verdes Pessoais que aparece numa das Bandeiras do Cristóvão Colon!

Vejamos agora as mudanças da PRIMEIRA para SEGUNDA Cruz da Ordem de Cristo.

Nos fins do século XIV, as extremidades da Cruz da Ordem de Cristo sofreram nova transformação.

Os braços começaram a tomar uma forma angular terminando em arcos CÔNCAVOS.


Foto da SEGUNDA Cruz da Ordem de Cristo no Convento de Tomar gravada em pedra.

Vejamos agora as metamorfoses das TRÊS CRUZES da Ordem de Cristo

ALERTA! Esta TERCEIRA CRUZ da Ordem de Cristo é uma das Cruzes Verdes Pessoais que aparece numa das Bandeiras do Cristóvão Colon!

Janela do Capítulo no Convento de Tomar.
Notar a TERCEIRA Cruz na parte superior desta janela, com as extremidades em 45 graus.

O monumento em Portugal que possui os três tipos de Cruzes da Ordem de Cristo por excelência é a Torre de Belém construída entre 1516-1521.

Torre de Belém em Lisboa rendilhada com Cruzes da Ordem de Cristo

Aqui está a fotografia da Cruz da Ordem de Cristo na varanda virada para a FOZ do rio Tejo. Notar as extremidades da cruz CÔNCAVAS, típicas da SEGUNDA Cruz.


Aqui está a fotografia da Cruz da Ordem de Cristo na varanda virada para a NASCENTE do rio Tejo. Notar as extremidades da Cruz em 45graus.

ALERTA! Esta TERCEIRA Cruz da Ordem de Cristo é uma das Cruzes Verdes que aparece numa das Bandeiras Pessoais do Cristóvão Colon!

Agora que já vimos calmamente a evolução das três Cruzes da Ordem de Cristo estamos preparados para examinarmos asduas Bandeiras Verdes Pessoais dos estandartes do Navegador Cristóvão Colon.


Agora vamos analisar as duas letras F e Y nas duas bandeiras do Navegador.

Mas antes de analisarmos os significados da duas letras F e Y temos que REVER a descoberta do Monograma de Salvador Fernandes Zarco ou seja a Sigla: S F Z.

Aqui está um documento verdadeiro que mostra do lado esquerdo o Monograma e do lado direito a Sigla do Navegador.


Vamos examinar as letras do lado esquerdo das Bandeiras Verdes


Agora vamos analisar as letras do lado direito das Bandeiras Verdes. Para analisarmos estas duas letras temos que recorrer ao Alfabeto Hebraico:


O Alfabeto Hebraico não possui vogais nem algarismos árabes tais como: 1, 2, 3, 4,5, etc.

Os judeus atribuem valores numéricos às letras.

Usam as letras também para vários significados. Temos que salientar a letra “Zayin”, que significa um Z e também as letras“Tsade” que têm um som igual a um ‘Z’.

As duas letras do lado direito das Bandeiras Verdes são duas letras Hebraicas que se pronunciam: ZAYIN and TSADE ambas com o som de um Z.

Podemos fazer uma análise semelhante na outra bandeira Verde.

Se estas duas letras ZAYIN and TSADE tem um som de Z será pedir muito se as consideramos iniciais do nome ZARCO?

Assim se juntarmos as letras do lado esquerdo das Bandeiras Verdes, com as letras do lado direito, vamos concluir queelas são iniciais do nome S F Z :Salvador Fernandes Zarco, tal qual como diagnosticamos no Monograma deS F Z :Salvador Fernandes Zarco.

Contrapontos:

(1) Qual será o significado das Coroas de Duque nas duas Bandeiras Verdes? Cristóvão Colon faz uma descrição no Diário de Bordo como se estas Bandeiras Verdes fossem exclusivamente suas. Encimadas com coroas, isto significa que ele tinha sangue azul, era brasonado.

(2) Será que a letra F do lado esquerdo das Bandeiras Verdes poderá ser a inicial do Rei Don Fernando de Espanha e a letra Y do lado direito a inicial da Rainha Isabela de Espanha?

(3) Devemos lembrar que o pai de Cristóvão Colon era o DomFERNANDO, Duque de Beja e a Mãe dele chamava-se ISABEL GONÇALVES ZARCO. As Coroas nas bandeiras são do feitio de Coroas de um Duque.

(4) Se a letra F fosse a inicial do Rei Espanhol DonFernando e a letra Y da Rainha Isabela de Espanha, porque é que AMBAS as Bandeiras Verdes têm duas Bandeiras Portuguesas da Ordem de Cristo e NENHUMA bandeira espanhola? ? ?

Colofon

As Bandeiras Verdes Pessoais do Cristóvão Colon estão expostas numa grande pintura na Rotunda do Capitólio em Washington, D. C.


Esta pintura mostra Cristóvão Colon a desembarcar numa ilha das Índias Ocidentais chamada Guanahani à qual ele trocou o nome para São Salvador, no dia 12 de Outubro de 1492.

Ele ergueu a Bandeira dos Reis Católicos de Espanha e reclamou aquela terra para Espanha, tirou o chapéu em homenagem àquele momento sagrado.

Os Capitães da Niña e da Pinta exibiram os estandartes do Cristóvão Colon -duas Bandeiras Verdes que contêm os desenhos de duas Bandeiras da Cruzda Ordem de Cristo.

Devemos notar que Colon deu à primeira ilha em que desembarcou nome de São Salvador o qual coincide com o seu primeiro nome Salvador!


Estou muito feliz porque esta pintura mostra duas Bandeiras Verdes com as características das bandeiras Portuguesas da Cruz da Ordem de Cristo.

Os FORMATOS das cruzes são ainda mais importante que a sua cor. Não há nenhuma Nação no mundo que possa reclamar possuir cruzes iguaisàs Cruzes da Ordem de Cristo!

Estas Cruzes Verdes são muito importantes para os Luso-Americanos quevivem nos Estados Unidos da América.

Estas duas Bandeiras Verdes queestão nesta pintura são FACTOS.

Contra factos não há argumentos!

As duas Bandeiras Verdes estão na célebre pinturano Capitólio Americano não são cruzes espanholas da Ordem de Calatrava, da Ordem de Alcantara, da Ordem de Santiago, ou da Ordem de Nossa Senhora de Monteza.

As duas Bandeiras Verdes Pessoais de Colon não são as bandeiras da Ordem de São Benedito de Avis, nem da Ordem de Ala, nem tão pouco dos Templários.

As Bandeiras Verdes não são da Ordem de Malta, da Ordem Teutónica, da Ordem de São Gregório, da Ordem do Santo Sepulcro, ou da Ordem de São Silvestre.

Repetimos:

As Cruzes Verdes das bandeiras que estão na pintura no Capitólio Americano têm o mesmo FORMATO da PRIMEIRA e da TERCEIRA Cruz da Ordem de Cristo de Portugal!

Conclusão:

Nas Bandeiras Verdes podemos ler:

(1) O nome do Navegador – Salvador Fernandes Zarco, como aparece no Monograma.

(2) E confirmamos duas Cruzes da Ordem de Cristo Portuguesas no centro das bandeiras.

Esta descoberta é muito importante para os portugueses e seus descendestes que vivem na América, para meditarem que existe uma pintura no sítio mais importante da América – no Capitólio da Nação – a atestar esta descoberta fantástica de que o Cristóvão Colon era Português!

Doravante todas as pessoas que entrarem na Rotunda do Capitólio vão deparar com 8 pinturas enormes sobre os acontecimentos históricos mais importantes desta Nação e constatarão que no desembarque da descoberta da América, o protagonista Cristóvão Colon era Português e tinha, como suas insígnias, duas Bandeiras Portuguesas com a Cruz da Ordem de Cristo, símbolo dos Descobrimentos Portugueses!