06 de Março de 2016
Uma nova e incrível imagem da Via Láctea mostra nossa
galáxia brilhando assustadoramente.
Foram captadas imagens em comprimentos de onda que são
invisíveis ao olho humano, revelando zonas escondidas do nascimento de estrelas. Brilhando em comprimentos
de onda do sub - milímetro (entre as ondas de rádio e luz infravermelha), a Via Láctea se estende agora por toda a nova
imagem para nós, obtida com o telescópio no Chile APEX (Atacama Pathfinder
Experiment).
Além de fornecer uma imagem linda, a pesquisa permite aos astrónomos
olhar para o gás e poeira na galáxia que está a apenas algumas dezenas de graus
acima do zero absoluto.
A imagem faz parte de uma pesquisa chamada
Levantamento de Uma Grande Área da Galáxia do Telescópio APEX (da sigla em
inglês ATLASGAL). O levantamento foi feito, em parte, para se conhecer o local
onde estão as estrelas recém-nascidas, enormes nuvens frias que são difíceis de
serem vistas pelos cientistas. Os astrónomos também esperam
estimar a densidade do gás por meio da combinação de resultados do APEX com os
do telescópio Planck, da Agência Espacial Europeia.
imagem
inédita da nebulosa Medusa
Telescópio no Chile captou a
imagem mais detalhada de sempre da nebulosa Medusa, que fica a cerca de 1500
anos-luz da Terra
Uma equipa de astrónomos
conseguiu captar uma imagem da nebulosa Medusa com uma precisão nunca antes
atingida. Os especialistas utilizaram o Very Large Telescope (instrumento de
observação do espaço e de captura de imagens), que se encontra no Chile, para observar
esta nebulosa, que faz parte da constelação de Gémeos e também é conhecida como
Sharpless 2-274 ou Abell 21.
A Medusa tem cerca de quatro
anos-luz de diâmetro e encontra-se a cerca de 1500 anos-luz da Terra. O
processo por que que esta nebulosa planetária está a passar é o mesmo que virá
a acontecer com o Sol: a evolução das estrelas faz com que se transformem em
gigantes vermelhas e, mais tarde, em anãs brancas - a sua última fase de
transformação.
As estrelas que se encontram
no seio da nebulosa já iniciaram o seu processo final, lançando as suas capas
externas ao espaço e originando a nuvem de cores captada pelo telescópio. O
efeito explica-se pela reacção do gás à luz ultravioleta emitida pela estrela
muito quente, o que origina o brilho que agora se pode ver nitidamente. O
brilho avermelhado do hidrogénio e o verde do oxigénio em forma de gás fazem
com que a nebulosa Medusa assuma a forma de uma meia-lua, que se estende para
lá do que a imagem apresenta.
As nuvens coloridas de gás
circundam as nebulosas planetárias durante dezenas de milhares de anos, até que
se comecem a dispersar. A estrela recebeu o nome da figura mitológica grega,
uma vez que os filamentos de gás brilhante que a compõem lembram as serpentes
que compunham o cabelo de Medusa.
Super Nova Signus Loop
Via Láctea fita de gás
Foto da IRAS 08572+3915, a galáxia mais
luminosa num raio de dois mil milhões de anos-luz da Terra
Hubble Space Telescope
explosão de nebulosa
Ler mais:
Português ajuda a descobrir galáxia mais
luminosa de todas
Investigadores europeus e americanos,
incluindo o português José Afonso, descobrem uma galáxia com um brilho superior
ao de dez biliões de estrelas como o Sol.
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Uma equipa internacional de astrónomos que
inclui o português José Afonso, anunciou a descoberta da galáxia mais luminosa
de todas num raio de dois mil milhões de anos-luz da Terra.
A galáxia IRAS 08572+3915 tem um brilho
superior ao de dez biliões de estrelas como o Sol e é conhecida há 30 anos,
desde as observações feitas pelo telescópio espacial de infravermelhos IRAS,
mas só agora foi possível concluir que esta é, provavelmente, a galáxia mais
luminosa do chamado Universo Local.
Esta conclusão resultou de uma análise
detalhada das observações feitas com o Telescópio Espacial Herschel da Agência
Espacial Europeia (ESA), organização a que Portugal pertence, e com oTelescópio
Espacial Spitzer, da NASA.
Participação portuguesa
A equipa que anunciou a descoberta é liderada
por Andreas Efstathiou, investigador da Universidade Europeia de Chipre, e
conta com a participação de José Afonso, investigador da Faculdade de Ciências
da Universidade de Lisboa e diretor do Centro de Astronomia e Astrofísica da
Universidade de Lisboa (CAAUL), para além de outros 18 cientistas de
universidades da Europa e dos EUA.
"Esta é uma das galáxias mais extremas
que conhecemos no Universo. A sua proximidade permite-nos compreender os
processos que marcam a evolução de uma galáxia ao longo dos quase 14 mil
milhões de anos da história do Cosmos", afirma José Afonso.
O astrónomo do CAAUL acrescenta que "as
colisões entre galáxias como a que levou à formação da IRAS 08752 eram muito
frequentes no passado, quando o Universo possuía apenas quatro mil milhões de
anos". A IRAS 08752 revela, em detalhe, o que sabemos existir no Universo
primitivo.
O estudo desta galáxia passará agora pelo uso
das 66 antenas parabólicas gigantes do novo radiotelescópio ALMA, que permitirá
desvendar o segredo da sua enorme luminosidade. O ALMA, localizado no Deserto
do Atacama, no Chile, é um dos telescópios do Observatório Europeu do Sul
(ESO), organização a que Portugal pertence.
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galáxia (grande conjunto de estrelas) situa-se
a dois mil milhões de anos-luz da Terra,
no chamado Universo Local.
Em declarações à agência Lusa, o diretor do
Centro de Astronomia e Astrofísica da
Universidade de Lisboa (CAAUL), José Afonso, adiantou que o próximo passo da investigação será perceber de que forma se
formou a grande luminosidade da galáxia,
que estará associada a "uma formação de estrelas explosiva" e à atividade que rodeia um "buraco
negro gigantesco" central, que, "ao
engolir material", fá-lo "brilhar de forma muito intensa".
A descoberta, explicou, é inédita e
interessante porque as galáxias com
enorme luminosidade são mais comuns no universo distante, a seis ou sete mil milhões anos-luz da Terra.
O cálculo da luminosidade da galáxia IRAS
08572+3915, conhecida há 30 anos, foi
feito pela equipa de astrónomos a partir de uma análise detalhada de novas observações, realizadas com o
Telescópio Espacial Herschel, da ESA, e
com o Telescópio Espacial Spitzer, da NASA.
O grupo de 19 cientistas, liderado por
Andreas Efstathiou, da Universidade
Europeia de Chipre, propõe-se estudar a origem da luminosidade da
galáxia com um instrumento mais potente,
o ALMA, o maior radiotelescópio do mundo.
Nebulosa Tarântula
Telescópio espacial Kepler descobre
"Super Terra"
por Pedro Sousa Tavares 19.12.2014
Planeta na constelação de Peixes é duas vezes
e meia maior do que o nosso.
Depois de ter ultrapassado alguns problemas
técnicos detectados em maio de 2013, o telescópio espacial Kepler, da Agência
Espacial Norte Americana (NASA) está de volta ao "activo" e a mostrar
serviço. O último achado é um planeta catalogado como HIP 116454b e descrito
pelos cientistas como uma "Super Terra", com duas vezes e meia a área
do nosso planeta.
De acordo com o site Space. com, o planeta
está localizado na constelação de Peixes, a 180 anos-luz da Terra,
suficientemente próximo para poder ser estudado por outros instrumentos.
A Kepler foi lançada em Março de 2009, tendo
por missão determinar a frequência com que planetas de características
semelhantes à terra ocorrem na Via Láctea. A missão de três anos e meio
estende-se já por cinco e o balanço é impressionante: perto de um milhar de
planetas confirmados e 3200 outros "candidatos".
A Agência
Espacial Norte-Americana (NASA) conseguiu pela primeira vez captar imagens da
onda de choque de uma supernova. Momento durou 20 minutos e aconteceu a 1200
milhões de anos-luz de distância.
Uma supernova
é a explosão colossal de uma estrela em final de vida e faz com que esta brilhe
mais do que algumas galáxias, durante algumas semanas até que se paga para
sempre. Há muito que a NASA procurava captar este momento e consegui-o agora
com o telescópio espacial Kepler.
Uma equipa
internacional de investigadores analisou 50 mil milhões de estrelas que foram
fotografadas pelo Kepner num período de três. O objectivo era encontrar
supernovas. Até que encontraram o que procuravam: uma supergigante vermelha 500
vezes maior que o nosso Sol, a 1200 milhões de anos-luz de distância.
Compreender a
física destes violentos eventos permite aos cientistas compreender como as
sementes da complexidade química e da própria vida forma espalhados no espaço e
tempo na nossa galáxia. "Todos os elementos pesados no universo aparecem
de explosões de supernovas. Por exemplo, toda a prata, níquel e cobre na Terra e
mesmo nos nossos corpos vieram da morte explosiva das estrelas", explicou
Steve Howell, cientista do projecto Kepner e K2 da NASA. "A vida existe
por causa de supernovas".
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