No séc. XV, os portugueses foram pioneiros nas viagens que permitiram explorar a costa africana, descobrir a rota marítima para a Índia e chegar ao Novo Mundo.
Os principais motivos
foram o comércio de sedas e especiarias do Oriente, mas também o espírito de
combate ao infiel e o desejo de divulgar a doutrina Cristã.
A descoberta do caminho
marítimo para a Índia foi o mais extraordinário feito dos tempos modernos e
teve múltiplas consequências:
A viagem de Vasco da
Gama, reconhecendo grande parte da costa oriental africana, abrindo ao
mundo ocidental o ignoto e vasto Oriente, uniu numa larga relacionação os três
grandes continentes do Velho Mundo – Europa, Ásia e África.
Operou uma grande
revolução material no comércio das riquezas, mudando o eixo da actividade
comercial do Mediterrânico para o Atlântico.
No campo religioso,
enfraqueceu o poderio do islamismo e abriu o Globo à expansão da Cristandade.
Trouxe uma profunda transformação espiritual no campo dos conhecimentos humanos contribuindo para a formação do novo espírito científico, com base no lema de que a “experiência é a madre de todas as coisas”.
Por tudo isto foi sem dúvida Portugal o maior obreiro da civilização moderna.
Trouxe uma profunda transformação espiritual no campo dos conhecimentos humanos contribuindo para a formação do novo espírito científico, com base no lema de que a “experiência é a madre de todas as coisas”.
Por tudo isto foi sem dúvida Portugal o maior obreiro da civilização moderna.
Graças ao
desenvolvimento das embarcações [caravela e nau] e aos avançados instrumentos
de navegação [astrolábio e quadrante], os portugueses investiram na expansão
por mar e o Infante D. Henrique, “o Navegador”, foi nomeado por D. João I para
organizar as expedições.
A primeira etapa, o
reconhecimento das ilhas atlânticas – Madeira (1419) e Açores (1427).
Em seguida, percorreu-se
a costa africana, sob o exclusivo e orientação do Infante D. Henrique.
Em 1460, o
impulsionador, Infante D. Henrique morre, dando continuidade às navegações o
rei D. João II.
A
meados de 1482, Diogo Cão partindo de Portugal, foi além do Cabo de Stª
Catarina (actual Gabão), etapa alcançada em 1475 por Rui Sequeira.
Navegando junto à costa
chegou à foz do rio Zaire, (rio Poderoso), Abril de 1483 lat 6°04'43.6"Sul e long 12°19'50.2"Este
Deambulando pelo rio,
mandou dois emissários à residência do imperador da terra, ficava para o
interior na M’ Banza Congo, a 40 léguas de distância da foz do rio Zaire ou
Congo.
Depois seguiu para Sul
do rio Zaire, a Setembro de 1483 chegou à actual baía de Moçâmedes – Angola lat.15°08'16.0"Sul e long. 12°07'07.5"Este
Numa segunda viagem, ano de 1485, depois de ter subido o rio Zaire até às cataratas de Yellala (145 km, 78 milhas náuticas da foz), mandou gravar nuns rochedos próximos, as quinas de Portugal, a Cruz de Cristo e o nome de alguns nautas que o acompanharam.
Numa segunda viagem, ano de 1485, depois de ter subido o rio Zaire até às cataratas de Yellala (145 km, 78 milhas náuticas da foz), mandou gravar nuns rochedos próximos, as quinas de Portugal, a Cruz de Cristo e o nome de alguns nautas que o acompanharam.
Como não pode ir mais
além, devido às muitas cachoeiras das cataratas de Yellala, decidiu viajar para
Sul.
Para além da baía de Moçâmedes, percorreu mais de 1000 milhas de costa atingindo o Cabo do Padrão da Serra, actual Cape Cross – Namíbia lat. 21°46'18.9"Sul e long.13°57'10.4"Este.
Para além da baía de Moçâmedes, percorreu mais de 1000 milhas de costa atingindo o Cabo do Padrão da Serra, actual Cape Cross – Namíbia lat. 21°46'18.9"Sul e long.13°57'10.4"Este.
Em finais de Janeiro de
1488, Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança lat. 34°21'29.9"Sul e long. 18°28'33.0"Este
sem o avistar, foi ter à
Baía de S. Brás a 3FEV1488, Mossel Bay de hoje.
O oriente estava cada
vez mais próximo e a 20 de Maio de 1498 Vasco da Gama chegou à Índia.
Dois anos depois, 22 de
Abril de 1500, Pedro Álvares Cabral descobriu oficialmente o Brasil, seguindo
para a Índia conforme estava planeado.
Em 1415, os Portugueses
iniciaram a moderna expansão da Europa, ao tomarem uma praça-forte na África do
Norte, Ceuta.
No espaço dum século,
descobriram as costas ocidentais e meridional da África, chegaram à Índia 20 de
Maio de 1498 por Vasco da Gama, ao Brasil a 22 de Abril de 1500 por Pedro
Álvares Cabral, à ilha de Madagáscar 20 de Agosto de 1500, além das Antilhas
verdadeiras América do Norte em 1472 por João Corte Real, à Gronelândia e Terra
do Lavrador por Pedro Barcelos e João Fernandes Lavrador e ao Canadá 1497 por
João Fernandes Lavrador e João Caboto.
Chegaram a Malaca em
1509 por Diogo Sequeira, à China rio Cantão 1513 por Jorge Álvares, Molucas e
Timor 1516 por Francisco Serrão, Austrália 1522 por Cristóvão Mendonça e Gomes
Sequeira um século antes dos Holandeses e 250 anos antes do capitão James Cook,
Japão 1543 por Mendes Pinto, Zaimoto e Nova Zelândia 1550.
Ao serviço da coroa
espanhola, os portugueses: Cristóvão Colon (Salvador Fernandes Zarco),
conhecido pelo nome falso de [Colombo], nascido em Cuba (1448) no Alentejo -
Portugal descobre oficialmente as Caraíbas (1492) América Central, a frota de Fernão de
Magalhães, deu a volta ao mundo navegando pelo estreito de Magalhães que antes de 1507, já tinha sido descoberto por Gonçalo Coelho, oceano
Pacífico até às Filipinas (1519-1522), onde morre. A costa ocidental americana
Califórnia descoberta por João Rodrigues Cabrilho, Setembro de1542.
As suas façanhas e
empreendimentos não tinham precedentes.
De todos os navegadores
portugueses, poucos são dignos de fama como Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Sul de
(África ocidental), Vasco da Gama (Índia) e os navegadores Gaspar e Miguel
Corte Real (América do Norte).
“Sem recear os mistérios
da natureza nem as dores humanas da sua aventura, atingem o Sul da África com o
destemor próprio dos que sofrem para vencer, porque são portadores de um grande
ideal de civilização. [Veríssimo Serrão]
“Homens de cepa humilde,
como o foram os outros nautas, pilotos e cartógrafos da empresa dos
descobrimentos, os reveladores da costa africana a sul do Equador para além do
Cabo da Boa Esperança, pertencem à estirpe dos heróis que ajudaram Portugal a
abrir os caminhos da modernidade”.
Duas razões ponderosas levou a
guarnição do navegador a sulcar o Rio Zaire até Yellala. A primeira foi de
contactar o potentado do rei do Congo, a segunda foi por existir um canal
de ligação [oceano Atlântico ao oceano Índico em Quiloa], representado no mapa
de Fra Mauro. A guarnição confirmou a impossibilidade de navegar para a
montante de Yellala, devido à presença de rápidos, cachoeiras e cataratas.
Esclarecemos que o presente livro está
ilustrado com fotos, gravuras, iluminuras e mapas encontrados em alguns
manuscritos e na Net e somente utilizados quando não protegidos pelo Copyright.
Fotos há não serem do autor. Assim tivemos o cuidado de identificar o nome das
pessoas em rodapé em exclusivo, do “Google Earth”.
Fica também registado “o nosso
especial agradecimento” a todas essas pessoas. Sem elas não seria possível
complementar este trabalho.
Com relação aos textos que não são de
nossa autoria, encontram-se devidamente identificados em Itálico. Ao final de
cada texto, sobressai o correspondente autor entre parêntesis, já que não queremos
adjudicar para nós o que não nos pertence. “… a César o que é César e a Deus o
que é Deus….”.
Há diversas opiniões à cerca deste tema para melhor esclarecer o leitor, não somos os únicos detentores da verdade e muito menos de todo o conhecimento.
Há diversas opiniões à cerca deste tema para melhor esclarecer o leitor, não somos os únicos detentores da verdade e muito menos de todo o conhecimento.
O rosto de Diogo Cão apresentado no
poema de Fernando Pessoa “Mensagem” foi elaborado, inspirado num selo dos
correios do CTT de Portugal, desenho de Robert Godbehear , impressos por
Bradbury, Wilkinson & Cª Ltd, de Londres, sobre papel liso, em folhas de
100 selos com denteado 13,5. Foram emitidos 1 milhão de selos de 3$50 carmim,
postos em circulação a 29 de Julho de 1945, foram retirados em 9 de Agosto de
1950, concepção e texto de Carlos Kullberg DIOGO CÃO - Escudeiro e Cavaleiro da
Casa do Infante Dom Henrique.
A capa do livro corresponde a duas
réplicas das caravelas de Cristóvão Colon [Salvador Fernandes Zarco], o
descobridor oficial das actuais Caraíbas [1492], América Central. No
mastro central a bandeira portuguesa em vigor a partir de 1485, no reinado do
Príncipe Perfeito, D. João II, de Portugal.
A descoberta do registo da latitude de
[14º], no mapa ou carta de Cristóforo
Soligo de 1485/86, da 1ª viagem de exploração marítima ao longo da costa
ocidental africana, da guarnição de Diogo Cão (1482 -1484), corresponde à
actual baía de Lucira Grande, onde a guarnição desembarcou tomando a
latitude desse lugar.
A verdade é que, a latitude real desta
baía é de 13º e 52’ Sul , um erro insignificante de 8’ equivalente a uma
distância de 15 Km. É notável a precisão do uso do astrolábio usado pelos
marinheiros daquele tempo, graças ao génio dos Judeus, José Vizinho, Abraão
Zacuto e outros, ao serviço do monarca português.
A latitude [14º] está posicionada abaixo e para
Sul do Cabo Lobo, (actual cabo de Stª Maria em Angola), onde foi implantado a
28 de Agosto de 1483, o 2º padrão dedicado a Stº Agostinho, assinalado por uma
cruz. Nota-se na carta de Soligo a baía com o registo dessa latitude.
Deste modo , esta descoberta, demonstra
inequivocamente, que a guarnição de Diogo Cão não terminou a sua 1ª viagem de
exploração marítima nesta baía, mas foi muito mais para Sul , atingindo a Ponta Redonda do Farol do Giraúl, [15º 8’ lat. Sul](entrada Norte da baía
de Moçâmedes, Namibe, Angola, de águas profundas e muito agitadas pela célebre
“Corrente Fria de Benguela” no sentido [Sul para Norte] contrária aos ponteiros
do relógio, onde podem ser observados diversos promontórios pontiagudos de
acentuados declives.
Por razões conhecidas a guarnição do navegador voltou para trás e quando chegou a Portugal, anunciou em Abril de 1484,
ao rei D. João II a aproximação ao “Promontorium Prassum”, extremo Sul de
África da geografia de Ptolomeu, corroborada pelo mapa de Fra Mauro o qual os
nautas para sua orientação, levavam a bordo, que mais tarde caiu no
esquecimento depois de dobrado o Cabo da Boa Esperança pelo navegador português
Bartolomeu Dias em Janeiro de 1488.
Baía de Moçâmedes - Namibe - Angola.
Finalmente, fica expresso, o nosso sincero agradecimento ao Dr. Manuel Luciano da Silva e esposa, autores dos livros “Cristóvão Colon [ Colombo] era Português”, e também “Os Pioneiros Portugueses da Pedra de Dighton”, que nos serviram de inspiração para decifrar o tipo de letra utilizado nas inscrições das pedras de Yellala, e também o desempenho que desde sempre demonstraram pela feitura deste trabalho. BEM HAJA pela sua persistência e orientação. [correcção ortográfica: Tarouco, Elisângela - prof. Porto Alegre, Brasil].
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